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sexta-feira, 22 de abril de 2011

A voz

ela anda meio tonta,quase bêbada
embriagada com a vida,
essa sim a deixa inebriada.
seu olhos estão girando em busca de algo no vazio,
sua vida é nada, e é tudo nesse aglomerado de emoções.
Ela gira na sua própria órbita,
flutua nas asas indolentes do seu desespero.
Ela lembra da criança
que ela sufocou até a morte,assassina de anjo,
assassina de sonhos.
entre lembranças, ela tropeça,cai outra vez ergue se.
mas as malditas recordações a perseguem,
aquela criança,hoje é essa mulher,
essa que carrega nesse corpo cambaleante,o cadáver da criança-anjo.
os fragmentos dos sonhos se dessipam nessa mente embotada de soluços guardados,
só os fracos choram Laura,
só os tolos guardam lembranças!!!
Ela é forte,mesmo bêbada, é uma rocha não chora,
não guarda recordações,nem apegos,
esses pensamentos tolos,são resquicios da criança
que teima em ressuscitar vez ou outra!!!
Laura...Laura!!
sufoque esses sonhos,você tem que matar essa criança tola!!!
A voz a obriga e ela quer apenas se embriagar
pra que a voz vá pra longe...
esse medo não é real,ela quer só dormir
Laura...Laura não foge nunca!!!
Ela é apenas uma ébria da vida ,que cala essa voz!!!

Graça Tavares

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