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terça-feira, 25 de outubro de 2011

A toa


A vida é pura, o tempo é a toa,
eu sou insegura!
A vida não é minha, nem tua,
somos farrapos, pedaços do nada.
O tempo me leva,
teu amor me lesa,
sou boa, sou dura!
sou vida sem vida.
Fui tua, tão nua, mulher tão antiga.
Fomos amantes, perdidos sem semblantes.
Caricias partidas, longas mensagens, antigas cantigas.
Fomos um em nenhum...
Porque a vida é maligna, o amor é perverso e a nada pertencemos,
somos apenas,fragmentos desfragmentados, seres desnorteados.
A vida é assidua, nós somos efêmeros,
seres sem rumo em busca do nada!

Graça Tavares

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