Cadê você e eu? Vagamos perdidos, nas noites que ficamos ausentes de nós, perdidos no destino, sem você, sem eu! Onde estamos? Nas caricias trocadas, entre nossa gargalhadas após o prazer, perdidos em nossos demorados beijos. Pra onde fomos? Pra uma alienação mútua, em um quadro na parede, decapitados,amordaçados e infelizes para sempre!
Seria a eternidade em forma de carinhos, seria até uma lembrança boa, mas foi só tristezas,decepções e dor! Seria o ontem que não viveu, O amanhã que se espera, Mas fêz se apenas o nada! Seria o todo bem, a toda cor o tudo em luz! Mas fez se apenas lágrimas! Seria a visão do paraiso, A plenitude de uma vida, Uma história, um romance! Mas foi apenas a morte dos sentimentos.
Ela falou do amor, Falou do fogo das paixões, em seus poemas de terror. Ela fêz buscas nas rimas, e disse tantas bobagens, pra esquecer o sonho. Ela fingiu felicidade Pra acordar no amanhã... e sair a tua procura
E esse amor que era assim tão completo,
assim tão intenso,
me deixou, me cegou.
amor abstrato sem forma, sem cor.
Esse amor de tardes rápidas
entre versos e reversos,
é amor sem reflexos,
amor sem sabor.
vestido com cores e aromas diversos,
esse amor de tantos gestos me devorou
na inconstância de um sentimento inconstante,
bastaria apenas um olhar, uma palavra.
amor diverso, perverso amor.